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Resident Evil 4

Posted in Games, PlayStation 2 on 2009/11/25 by Renan Fernandes

Finalmente chega ao PlayStation 2 a obra-prima da Capcom, nada mais justo, a série tinha mesmo que voltar ao console onde nasceu. Para a surpresa de todos ou não, o game está ótimo, aproveitando ao máximo o potencial do vídeo-game da Sony, que apesar de inferior ao Game Cube, trouxe RE4 em perfeito estado, com gráficos apenas um pouco inferiores, o que é compensado nos extras.

Nada de zumbis ou da Corporação Umbrella que foi destruída após os eventos de Resident Evil 3, sua missão agora é resgatar a filha do presidente dos Estados Unidos no controle do protagonista Leon Scott Kennedy, o mesmo de Resident Evil 2.
Porém o terror continua, ao chegar em uma ilha no interior da Europa (na qual a filha do presidente parece se encontrar), Leon é atacado por moradores aparentemente “enlouquecidos”. Esse é só o começo do enredo de Resident Evil 4, que é muito envolvente e cheio de surpresas até o fim.

Um dos jogos mais belos do PlayStation 2, usando totalmente a capacidade do console, pouco inferior ao Game Cube (a única perda do game da Sony para Nintendo). No PS2 as cores nos cenários não parecem tão vivas, existem diferenças também, na névoa, nas chamas das tochas e nas iluminações em geral, porém isso não atrapalha a incrível competência do game. A Capcom com certeza fez de tudo para transferir da melhor maneira possível o jogo do GC para o PS2.

Um verdadeiro show de horror, o som sem dúvida é um dos pontos mais fortes do game. As músicas de suspense entram sempre no momento certo, deixando você mais preso e ligado ao jogo, da mesma maneira ocorre com os sussurros de monstros espalhados pelos cenários, um festival de sustos com certeza o espera.
A dublagem também esta perfeita em todas as CGs, os passos de Leon sempre soando de diferentes maneiras dependendo do terreno, a chuva o fogo, enfim tudo 100%, não há como encontrar defeitos em qualquer tipo de som em Resident Evil 4.

A jogabilidade esta com certeza mudada em relação aos antigos games da série. Agora é possível mirar em qualquer parte do corpo do inimigo, dar chutes e pular de janelas, e tudo com muita facilidade e respostas rápidas do controle. O único problema é sempre ter que apertar START para mudar de armas (o que sempre ocorreu em Resident Evil), com um game muito mais movimentado do que os antigos, a Capcom poderia ter pensado um pouquinho e mudado esse quesito.

Em questão de diversão não há o que reclamar. O game continua show, com os quebra-cabeças de sempre, e muito mais ação que seus antecessores. Com inimigos muito mais rápidos que zumbis, você terá que pensar rápido, para vencê-los de uma maneira bem eficaz, já que eles atacam em bando e o protagonista não tem munição infinita. Os chefes também estão melhores do que nunca, sempre com algum ponto fraco a ser encontrado e alguns com tempo limitado para serem vencidos. Outra novidade sensacional são as CGs interativas, nunca largue o controle para assisti-las numa boa, fatalmente você morrerá, em muitas delas é necessário apertar L1+R1 ou quadrado + x, para se esquivar do inimigo ou atacá-lo.

Um game muito violento com conteúdo adulto, sem dúvida impróprio para menores. Logo no início do jogo, controlando Leon, você encontrará uma mulher com um tridente fincado no rosto presa na parede.
Além disso Leon pode explodir a cabeça de seus inimigos, ou monstros podem nascer delas. Mas o mais violento são com certeza os inimigos com serra-elétrica, basta chegarem perto de você e lá se vai a cabeça do protagonista, uma cena bem chocante e irritante ao mesmo tempo.

A Capcom realmente esta inovando em suas produções, depois de Viewtiful Joe e o surpreendente Killer 7, as mudanças de Resident Evil não param apenas no modo de andar, atirar e golpear os inimigos.
Resident Evil 4 é apresentado totalmente em formato wide-screen, o mesmo dos filmes de cinema. A Capcom utilizou esse recurso para dar uma ampla visão ao jogador, não que seja uma revolução e ajude tanto, mas não atrapalha em nenhum momento e deixa o game com cara dos grandes sucesso de Hollywood. Enfim mais uma jogada inteligente da Capcom.

O Mercador é a nova maneira de conseguir armas em Resident Evil, assim como em Dino Crisis 2 para PlayStation, é possível comprar armas e aumenta-las de nível, que vão desde poder de fogo até maior capacidade de munição e velocidade na hora de recarregar.
O cara é uma figura muito sinistra que veste um sobretudo preto. Muitas vezes ele aparece derrepente nos cenários, podendo até ser confundido com um inimigo.
Conforme segue o jogo você encontra dinheiro em barris, armários, ao vencer inimigos e principalmente chefes, sim eles dão muito dinheiro. Mas a melhor maneira de conseguir grana é vendendo para o próprio Mercador tesouros que você encontra durante o jogo, porém antes de vender veja se consegue fundir um tesouro a outro, dessa maneira o valor a ser pago será muito mais alto.

O ponto forte do PS2, com mais extras que o Game Cube, a versão para PlayStation 2 fica mais extensa, e com um extra mais do que exclusivo, o Separate Ways.
The Mercenaries: Aqui sua missão é acabar o mais rápido possível com os inimigos, o tempo é curto, porém é possível achar itens pelo cenário, para com isso para aumentar suas chances de vencer.
Movie Browser: Extra exclusivo do PS2, aqui é possível assistir a todas as CGs do game, incluindo as interativas, porém não se preocupe em morrer aqui.
Separate Ways: Extra exclusivo do PS2, você joga com Ada na história principal. Alguns eventos que ficam sem respostas durante o jogo principal são respondidos aqui, um exemplo é o sino tocando no momento em que Leon está sendo atacado. Quem tocou o sino? Ada. Dentre outras missões, é um extra muito divertido e que toma muito tempo do jogador.
Assignment Ada: No papel de Ada Wong, você terá que achar 5 frascos com vírus, porém muitos inimigos aparecem nesse extra, com certeza a missão não será fácil.

A grande discussão em torno do game, muita polêmica com Resident Evil 4, coisas que não ocorreram com Killer 7 e Viewtiful Joe (ambos também só seriam lançados para o console da Nintendo), mas tudo bem clássico é clássico.
O PlayStation 2 apresenta um processador de 300 MHz, enquanto o Game Cube um de 405 MHz, o console da Sony com um processador gráfico de 150 MHz também fica atrás da Nintendo com um de 162 MHz. Aí está a diferença gráfica entre ambos Resident Evil 4 (que é pouca).
Porém as diferenças não acabam por aí. Outro detalhe importante são as cut cenes, certas cenas são mostradas como CGs no PlayStation 2, já no Game Cube isso não ocorre, muitas delas são mostradas em tempo real, esse realmente é um fator muito importante para mostrar a superioridade da Nintendo em relação à Sony.
Para resolver esses problemas chegam os EXTRAS exclusivos da versão PS2. A Capcom trabalhou muito para trazer o game ao novo console, acrescentando extras exclusivos, o que fará os nintendistas passarem por essa versão também. Os extras são Seperate Ways e Movie Browser, ambos já explicados detalhadamente acima.

Mesmo com todas essas diferenças, Resident Evil 4 fez bonito, tanto no Game Cube como no PlayStation 2. A Capcom mostrou que é uma das melhores produtoras da atualidade, e teve coragem de mudar um verdadeiro clássico dos games, o resultado é simples, o que já era bom ficou ainda melhor. Muita ação, suspense, tiros, sustos e os chefes arrepiantes de sempre, tudo que um bom game Survival Horror deve ter esta aqui. Não só fãs da série Resident Evil, como gamer nenhum deve deixar de conferir esse verdadeiro clássico, um dos melhores games da atualidade.

Dragon Ball Z: Budokai Tenkaichi

Posted in Games, PlayStation 2 on 2009/11/25 by Renan Fernandes

Dragon Ball Z Budokai Tenkaichi (Dragon Ball Z Sparking! versão japonesa) chegou para o PS2, para o delírio dos fãs da série. Muito diferente dos outros games lançados para o PlayStation 2, Budokai Tenkaichi, agora nas mãos da produtora Spike, tenta refazer fielmente as empolgantes batalhas do anime.
Com uma câmera especial para seu personagem (terceira pessoa), você poderá voar pelos cenários (limitados), e até se esconder de seu inimigo, para poder recarregar sua energia, ou atacá-lo de surpresa, porém seu inimigo pode localizá-lo pelo Ki.

As batalhas seguem em terra firme, céu e no fundo do mar, sempre com grande velocidade nos golpes, possibilidades de esquiva, defesa, e magias especiais.
Com um enorme arsenal de personagens para serem escolhidos, a diversão esta garantida. Estão todos lá, incluindo Zarbon, Dodoria e os cinco integrantes das Forças Especiais Ginyu (Saga Freeza), os personagens dos Movies também não ficaram de fora, exclusividade para Janemba.

O modo história esta um show a parte, apesar de não reproduzir as cenas do anime, como feito em Dragon Ball Z: Budokai, e mais recentemente em Saint Seiya: Chapter Sanctuary, o game conta da primeira à última saga, com todas as batalhas (todas mesmo), incluindo os movies da série entre as quatro grandes sagas do anime: Vegeta, Freeza, Cell e Majin Boo. Para passar pelas batalhas sem problemas, procure vencer seu inimigo da maneira como ocorre no anime, caso contrário terá que enfrenta-lo novamente.
Além do modo história, continua fazendo parte da série Budokai, o tradicional Torneio de Artes Marciais (Tenkaichi Budokai), agora muito mais divertido. O inimigo pode tentar joga-lo pra fora do ringue, porém com uma seqüência certa de botões, você pode parar no ar, e contra atacá-lo no maior estilo Dragon Ball Z, e manda-lo pro espaço. São quatro torneios diferentes, ao vencer um, você abrirá outro e assim sucessivamente, incluindo o Torneio de Cell.

Um novo modo de jogo também foi adicionado, ele consiste em sair da posição 100 no ranking e chegar até o 1º lugar. Conforme vai vencendo as lutas, sobe uma posição, você avançará ainda mais ao ser desafiado por guerreiros de níveis mais acima, mas não perca a luta.
Outra novidade na série é o fim do sistema de cápsulas como habilidade, elas ainda existem, agora pra aumentar sua velocidade, vitalidade, ki, health. Seu personagem já vem equipado com suas habilidades especiais, no caso de Goku com o Kamehameha, Genki Dama e o Kaio-Ken (sem Super Saiyajin), as habilidades de Super Saiyajin não existem mais, porém não se preocupe, eles não desapareceram, os Super Saiyajins são escolhidos como personagens diferentes, o mesmo ocorre com as formas de Cell, Freeza, Zarbon, etc.

O grande problema do game são os controles, difíceis de serem domados, mas não impossíveis, e os cenários que poderiam ser maiores. Tirando esses poucos problemas, o som está ótimo (versão japonesa), com a música We Gotta Power como tema de apresentação, com cenas feitas em computação gráfica, realmente muito boas, com direito a uma rápida luta final entre Goku e Vegeta. Gráficos muito bons, novamente criado em “cel shading”, muito parecido com Budokai 3, e diversão absoluta, garantida principalmente aos fãs da série.

Spider-Man: Web of Shadows

Posted in Games, X-Box 360 on 2009/11/25 by Renan Fernandes

Sempre que surgem novos games do aracnídeo lembro-me de Spider-Man: Separation Anxiety lançado para Super Nes. Essa foi a minha introdução ao universo do Aranha nos games. Na época ainda criança ficava babando ao poder lançar teias nos inimigos, grudar nas paredes e balançar pelos prédios igual assistia nos desenhos animados. O tempo foi passando e o famoso herói da marvel foi ganhando títulos para novos consoles, alguns bons outros ruins. O primeiro grande jogo foi Spider-Man lançado para PSOne, Nintendo 64 e Dreamcast. O game era impressionante, e a sensação de escalar as paredes e balançar entre os prédios era muito melhor em 3D, além disso, quase todos os grandes inimigos do Aranha estavam presentes no jogo. Depois de um tempo surgiu o PlayStation 2 e mais um grande game merecedor de destaque, Spider-Man 2. Baseado no filme da época, Homem-Aranha 2 foi inovador, levando o jogador a Nova York, sendo possível andar, ou melhor voar entre os prédios da cidade inteira enfrentando bandidos e salvando civis.

A vida do herói nem sempre foi um mar de rosas nos games, mas relembrar jogos ruins não é legal certo? Por isso vamos ao Spider-Man: Friend or Foe, e escrever apenas uma palavra para decifrar o jogo: terrível. Web of Shadows chega para todos os consoles para apagar da mente dos jogadores o game anterior. Contando com Venom como o vilão, a história começa mostrando um grande caos na cidade, onde agentes especiais da S.H.I.E.L.D. estão enfrentando diversos civis contaminados com o simbionte alienígena. O herói enfrenta Venom e acaba pegando para si parte do simbionte, dando ao jogador a possibilidade de usar a roupa normal vermelha e azul ou a negra.

A roupa negra é a grande novidade do jogo. Em diversos momentos o jogador deverá decidir entre duas opções: Red ou Black para seguir em sua missão. Cada escolha é contada e influencia no final da história. Além disso, ambas as roupas tem seus pontos fortes, com a vermelha o Aranha ganha em agilidade, com a negra em força, ou seja, a todo o momento o jogador trocará devido a necessidade da missão. Os combos foram muito bem desenhados pela produtora. Para habilitar novos golpes o sistema de evolução funciona como um RPG, a cada vilão vencido ou missão concluída um certo número de pontos é recebido. Os poderes da roupa negra são os melhores para enfrentar os chefes, e o combo final é muito parecido com o de Kratos em God of War. Já os da roupa vermelha são belos, mostrando a grande agilidade do Homem-Aranha. Vale um destaque para os combates aéreos, é possível lançar teias nos inimigos acertá-los com um golpe e a partir deste, ir para cima de outro vilão sem colocar os pés no chão.

A liberdade para balançar entre os prédios é muito parecida com a de Spider-Man 2 para PlayStation 2. Os vôos do Homem-Aranha estão muito bonitos tal qual seus combos, e é tão divertido passear pela cidade (quando os slowdowns não atrapalham) que o jogador passará horas buscando itens colecionáveis por prazer, algo que em outros games seria chato e repetitivo. O mesmo pode-se dizer de suas missões opcionais. Em sua maioria são vencer bandidos e salvar civis, mas como os combos são fáceis de serem aplicados, é divertidíssimo ficar espancando uma série de vilões que ficam andando em grupos pelas ruas, fazendo o jogador tentar sempre quebrar seu recorde de combos.

Os chefes do jogo estão muito desafiantes, alguns deles são Gata Negra, Abutre, Wolverine e Electro. Muitos devem estar se perguntando Gata Negra? Wolverine? Exatamente, como falado antes Venom depositou pela cidade milhares de simbiontes, e claro o alienígena tomou os heróis também. Cada batalha tem um elevado desafio, e estratégias certas para vencer. Vale um destaque aqui para o chefe final, quem já assistiu ao trailer do game sabe de quem estou falando. Animação de encher os olhos em sua entrada triunfal frente a frente com o Homem-Aranha.

Os gráficos são os melhores se comparados com os antigos games do Aranha, mas ainda muito pobres em relação a atual geração. O herói até que é bem feito assim como os chefes, mas os bandidos normais e simbiontes são bem pobres, os prédios têm um detalhe aqui outra lá e os carros são bem feios. O som ambiente é eficiente, com barulhos de carros de polícia, tiros e explosões, a mixagem das teias do Aranha também não é ruim. A jogabilidade é boa, com controles fáceis e de resposta rápida. Os grandes pontos fracos ficam por conta do ruim sistema de câmera, por diversas vezes deixando o jogador vendado em uma situação de perigo, constantes slowdowns a partir do Ato 3 devido a grande quantidade de personagens que aparecem na cidade, transformando-a em uma verdadeira praça de guerra e algumas contradições. A qualquer momento você pode levantar um carro com um civil e jogá-lo em cima de um grupo de inimigos, todos os bandidos irão morrer, mas o civil vai junto. Chega até ser engraçado o Homem-Aranha matando inocentes, pois é em Web of Shadows acontece.

“Spider-Man: Web of Shadows” vai agradar muito aos fãs do aracnídeo. Mesmo com os problemas técnicos, o jogo é bem divertido, com uma boa jogabilidade e desafio. E mais: jogar com a roupa negra sempre é muito bom. Enfrentar o Venom? Melhor ainda. A Activision mostra estar conseguindo voltar as origens dos grandes games do Aranha.

James Bond: Quantum of Solace

Posted in Games, X-Box 360 on 2009/11/25 by Renan Fernandes

Qual o primeiro game que vem em mente quando se fala em um novo lançamento de James Bond para os games? Sem dúvida a resposta será GoldenEye 007, lançado em 1997 para o Nintendo 64. O motivo disso é muito simples, desde o lançamento desse clássico dos games nenhum jogo com o título de 007 foi bom o bastante para superá-lo. A Rare fez um trabalho excelente, transformando GoldenEye 007 em um dos jogos mais vendidos para o Nintendo 64. Após o agente secreto aparecer em muitos games lançados para diversos consoles, chega as pratelerias James Bond: Quantum of Solace, baseado no 22º filme da série nos cinemas. A primeira diferença é que a Eletronic Arts não detêm mais os direitos da série, que agora está nas mãos da Treyarch.

A história do game, além de se basear em Quantum of Solace, conta também fatos do filme anterior intitulado de Cassino Royale. Levando em consideração que a história de ambos é muito próxima e também que o filme anterior não teve versão para os games a idéia foi ótima. Para quem assistiu Cassino Royale, a cena em que James Bond é envenenado no meio do jogo de Poker foi recriada com sucesso. Ponto para a Treyarch que transpôs cenas do filme para o game com grande maestria.
O sistema de combate é o mesmo de Raibow Six Vegas e Brothers in Arms: Hell’s Highway, James Bond a todo o momento deverá procurar cobertura antes do tiroteio. Nesse momento a câmera muda para terceira pessoa mostrando Daniel Craig. Tudo funciona muito bem, sendo possível mudar rapidamente para outro abrigo apenas apertando um botão. Todos os jogos que contam com essa possibilidade de proteção, apresentam grande dificuldade no caso do jogador querer partir de peito aberto para cima dos bandidos, e aqui não é diferente. A energia do agente secreto acaba em um instante, por isso trabalhe com precaução.

Um detalhe muito importante em meio aos combates, é que em muitas situações o jogador decidirá como seguir em frente. GoldenEye 007 nos mostrava que por diversas vezes poderíamos passar por uma fase sem acionar nenhum alarme e nem chamar atenção dos inimigos. Quantum of Solace nos da esse prazer, e com o sistema de cobertura tudo fica melhor ainda. Basta escolher sua pistola, colocar o silenciador e sair aplicando diversos head shoots. Dessa forma uma área inteira pode ser limpa sem o jogador sofrer nenhum arranhão.
Os cenários apresentam diversos objetos que podem ser usados a seu favor durante os tiroteios. Em sua maioria são tanques de gasolina, que explodem e mandam diversos inimigos pelos ares. Vale um destaque para um barco pendurado em uma das fases, ao acertá-lo imagine o estrago. Outro detalhe em Quantum of Solace são os combates em terceira pessoa, basta chegar próximo do inimigo e apertar determinado botão. A câmera então muda para terceira pessoa e o jogador deverá apertar rapidamente o primeiro botão que aparecer na tela para golpear o vilão. A idéia não é ruim, mas os gráficos são infinitamente pobres e se compararmos com os combates de The Bourne Conspiracy o constrangimento é ainda pior.

O gráfico é o grande ponto fraco do jogo. Os cenários em momento algum enchem os olhos, a água, as grandes salas, os prédios e principalmente os inimigos e o próprio Bond são muito feios. Nem mesmo as armas são bonitas, se compararmos com outros games do gênero, mesmo antigos como Call of Duty 4, James Bond: Quantum of Solace fica no chinelo. Outro ponto fraco é o modo campanha, muito curto. Apesar de deixar o jogador na pele de Bond nos grandes momentos dos filmes, o jogo acaba muito rápido, quando se menos espera já está subindo os créditos. O som faz a sua parte, com músicas já conhecidas do universo de James Bond, e a jogabilidade não é ruim. Outro problema fica por conta da inovação. Realmente não temos nenhuma, tudo que você verá em Quantum of Solace provavelmente já viu em outro jogo de tiro.

“James Bond: Quantum of Solace” não é um game ruim, mas fica a sensação de que poderia ser muito melhor. O sistema de proteção atrás de objetos funciona bem, e seguir pelas fases silenciosamente é muito divertido. Com gráficos ruins e nenhuma inovação, a Treyarch prova que queria fazer um jogo sem compromisso. Quanto a um novo 007 a altura de GoldenEye, teremos que esperar e torcer pelo próximo.

Far Cry 2

Posted in Games, X-Box 360 on 2009/11/24 by Renan Fernandes

Far Cry foi lançado em 2004 para PC pela produtora Crytek. No primeiro game o jogador se encontra em uma ilha paradisíaca a mercê de um cientista louco, cujo objetivo é criar algumas mutações no gene humano. Após certo tempo o protagonista acaba caindo nas mãos do vilão, tornando-se uma ameaça e se voltando contra o criador. Na época, Far Cry chamou grande atenção pelo seu belo visual, controles precisos, inteligência artificial excelente e um mapa gigantesco onde era possível ir para onde der na telha. O game ainda ganhou versões para o X-Box e X-Box 360.

Dessa vez a Ubisoft planejou fazer algo mais voltado para a realidade, eliminando os mutantes da primeira versão. Far Cry 2 tem como ambiente a selva africana, e sua missão será encontrar e matar Jackal, um traficante de armas que negocia com duas facções criminosas: Alliance for Popular Resistance e United Front for Liberation and Labour. Para isso você prestará serviço para ambas as facções.
É possível encontrar aliados também. Eles são de grande ajuda durante as missões, pois por diversas vezes você se encontrará em fogo cruzado. E cuidado, é possível balear seu amigo, caso ele morra não voltará mais.
O mapa continua enorme assim como no primeiro Far Cry. Para chegar aos pontos das missões será necessário um veículo, ou pegar um ônibus. Um conselho, jamais siga a pé. Até chegar ao ponto certo, são encontradas diversas bases inimigas, que ao derrotadas, passam a se tornar pontos de ajuda, seja de armamentos, medicamentos ou save points.

Outra novidade é o clima e o tempo. Durante a campanha o jogador poderá descansar em locais específicos, colocando o relógio para despertar nas próximas horas. Se você se deitar 12:00 e colocar o relógio para despertar doze horas depois estará de madrugada. Todo o clima na selva africana muda, incluindo a dificuldade de localizar os inimigos. Além disso, constantes mudanças de clima também ocorrem em meio ao gameplay.
O mais incrível em meio a tudo isso é que o modo campanha ocorre sem nenhuma queda de frame ou carregamento de cenário. Acredite, o cenário é imenso, cerca de 50 quilômetros quadrados, mostrando que a Ubisoft trabalhou firme, fazendo de tudo para evitar constrangimento entre os jogadores.

O armamento é uma das melhores partes de Far Cry 2. Estão entre eles, pistolas, metralhadoras, rifles, lança foguetes, minas e lança chamas. O jogador poderá carregar até 4 tipos diferentes de armas, que podem ser compradas em locais específicos do jogo. Para isso é necessário encontrar diamantes (uma espécie de dinheiro no game). Eles podem ser recebidos após o jogador resolver determinada missão, ou encontrados por todo o mapa do game.
A grande novidade aqui fica por conta das falhas dos armamentos e dos carros. É isso mesmo, além de se preocupar em acertar o inimigo, o jogador tem que contar com a sorte de que sua arma não trave. Acontece após ela ser usada por algum tempo. Em meio aos tiros a arma falha e é preciso apertar repetidas vezes o botão de carregamento para que ela volte a funcionar. Após certo tempo a arma quebra de qualquer jeito e será preciso achar outra. Com os veículos é preciso ir até o motor do mesmo para arrumá-lo.

Vale citar também o grande realismo do ambiente de Far Cry 2. Conforme o jogador anda pela grande selva africana é possível visualizar as folhas das árvores se movendo conforme o vento, os animais se alimentando e fugindo quando nos aproximamos além dos rios e lagos com um belo visual. Outra grande novidade no game é o fogo. Pegue o lança chamas e ateie fogo contra uma árvore, em poucos segundos todas as folhas vão para o chão.
A inteligência artificial é outro ponto forte do jogo. Os soldados inimigos são bem inteligentes, formam grupos e diversas estratégias para matar o jogador. Sempre com um atirador de elite, alguns com metralhadora e outros vindo de carro, que quando tem a possibilidade atropelam o protagonista.

Os gráficos do cenário são ricos em detalhes e as armas estão muito bonitas, o que deixa um a desejar são os soldados inimigos, feitos praticamente sem detalhe algum. O som é ótimo, o jogador se sentirá em uma verdadeira selva. A jogabilidade funciona bem, com controles precisos e rápidos. O modo multiplayer deverá a agradar a muitos, conta com até 16 jogadores e um editor de mapas.
O grande problema do game fica por conta mapa. Não o cenário do game, e sim o mapa onde é visualizada a missão. Em todo momento é preciso apertar o botão SELECT para que o protagonista lance o mapa do bolso. Além de ficar desarmado é preciso fazer isso direto para ver se estamos seguindo pelo caminho correto. Era bem mais simples colocar ele no cantinho da tela né Ubisoft?

“Far Cry 2” inova bastante, algo meio difícil no gênero ultimamente. Não importa se você jogou o primeiro, ou esse é sua introdução na série, a diversão é garantida. Os gráficos são de encher os olhos, o som é um espetáculo a parte, e a jogabilidade faz sua parte sem apresentar problemas. Para quem gosta de games longos, com cenários gigantes e muito tiro, Far Cry 2 é a pedida certa.

Dead Space

Posted in Games, X-Box 360 on 2009/11/24 by Renan Fernandes

Bem-vindo ao terror no espaço. Produzido pelo mesmo time do “incrível” The Sims 2: Pets, Dead Space chega para provar que a EA também sabe criar excelentes games de terror. Acredite, você irá tremer mesmo, os cenários vem encharcados de sangue, corpos totalmente mutilados, vultos por todo canto e uivos de criaturas, é realmente perturbador. Em um simples descuido o nosso protagonista perderá a vida, e isso acontece das formas mais bizarras e violentas possíveis. Em uma entrevista o produtor do jogo Rich Briggs revelou que alguns elementos da produção foram cortados por serem extremamente torpes. Se o que já vimos é terrível imagina o que a EA resolveu excluir do game.

Você será o engenheiro Isaac Clarke, parte de uma equipe enviada para a espaçonave USG Ishimura após a mesma enviar uma mensagem de socorro. Ao adentrar na nave seu time é atacado por monstros abomináveis, e você se vê obrigado a seguir por outro caminho. Começa então o terror. Sozinho, Isaac tem que descobrir o motivo dos antigos tripulantes da espaçonave terem se transformado em terríveis criaturas e lutar muito para continuar vivo. A história do game não é contada através de CGs ou qualquer outro tipo de animação. Você descobre tudo por meio de vídeos e áudios encontrados pelos cantos do cenário. O mesmo vale para os menus, mapa ou até mesmo tutorial, tudo ocorre em tempo real sem pausas. Por isso o jogador deverá agir rápido, seja para pesquisar o mapa ou utilizar algum item. Outra coisa bacana é o medidor de HP e de munição, todos aparecem diretamente do personagem. A HP fica na espinha de Isaac e a munição é mostrada diretamente da arma, tudo para que a tela fique sem nenhuma sujeira.

A engine do game foi muito bem trabalhada. A câmera fica posicionada atrás do ombro esquerdo do personagem possibilitando um bom ângulo para atirar nos monstros, seguindo o mesmo padrão de Resident Evil 4, Gears of War e Dark Sector. Todas as cenas de ação correm perfeitamente na tela sem apresentar nenhuma queda de frame, o que é incrível pela bela qualidade dos gráficos. A novidade fica por conta da gravidade zero. Isaac por diversas vezes visita o espaço, seja para destruir uma máquina ou atravessar para outras partes da nave. Nesse momento o som fica abafado e quase não se ouve nada. O personagem só se mantém no chão devido a sua forte armadura, e também é possível dar pulos longos para outros cantos do cenário, através do ‘vácuo’, e nesse momento você fica preso à física realista, ou seja não dá pra mudar a trajetória de seu personagem, e muitas vezes você poderá literalmente ir pro espaço.

Outra coisa bem bacana é a possibilidade de decepar as partes do corpo dos monstros, aliás um dos elementos de maior estratégia no game. Um monstro vem descontrolado em alta velocidade procurando por sua carne? Atire na perna e lá vai a criatura para o chão. Porém só isso não é suficiente, eles se arrastam e continuam perseguindo Isaac. Por isso o conselho aqui é atirar nas pernas mãos e cabeça, só assim eles caem mortos. Existem várias referências à filmes de ficção científica, como por exemplo o clima de Dead Space que lembra os filmes da série Alien, e o design dos monstros muito parecidos com aqueles do filme “O Enigma de Outro Mundo” (The Thing) de John Carpenter. Todos são bem assustadores. O que se percebe é que são humanos que foram tomados por algo, deixando seu corpo em estado deplorável e com um único intuito, matar. Todos têm seu ruído específico, alguns muito assustadores, deixando você arrepiado e morrendo de medo de abrir a porta a sua frente.

Temos um belo arsenal em Dead Space, o game apresenta uma bela variedade de armas. Todas podem ser compradas no mercado, idéia muito parecida novamente com a de RE4. A diferença aqui são os downloads de armas e itens. Como estamos em um cenário futurista, isso possibilitou a EA criar novidades. Certos itens encontrados pela espaçonave servem para esses downloads e conforme você avança no jogo mais deles são encontrados. Ao levar os itens para o mercado um download é feito, trazendo novas armas, medicamentos e roupas para Isaac. Outra idéia ótima baseada em Bioshock é a customização das armas. Os itens chamados de Power Nodes são bem raros, mas aparecem uma vez ou outra após matar monstros específicos e também podem ser comprados no mercado por um precinho meio salgado. Com ele é possível aumentar o poder de ataque, munição, recarregamento e velocidade das armas. Também podemos aumentar a HP e outras habilidades de Isaac.

Dead Space apresenta um dos melhores gráficos já vistos na atual geração. Isaac foi realmente bem desenhado, assim como os monstros. Os cenários são ricos em detalhes e o visual dos chefes chega a ser constrangedor, de tão ‘feios’ e bem modelados. O som então é realmente arrasador. Se você tem a possibilidade de jogar com um volume bem alto aproveite. Os gritos, uivos, mixagem das armas e som ambiente não apresentam falhas. A jogabilidade ressuscita o gênero ’survival horror’, desempenhando muito bem o seu papel. Controles rápidos, movimentação do personagem perfeita, e aquela ansiedade em economizar armamento, esperando sempre pelo pior. A única falha de Dead Space fica por conta da repetição de cenários. Infelizmente você é obrigado a voltar para determinadas partes da nave na qual você já visitou antes para fazer uma certas missões. O game tem o seu estilo, mas é impossível não se lembrar de outros jogos do gênero, incluindo aqui até mesmo a série Doom ao jogar. Pra nossa sorte, Dead Space seguiu os melhores, aproveitando suas qualidades e mantendo o nível sempre.

“Dead Space” é um jogo incrível. Apresenta uma jogabilidade concreta, cenas de ação excelentes, e um clima de suspense arrasador. Apesar de diversos momentos lembrar outros games já consagrados no gênero, “Dead Space” consegue seu lugar de honra e sem dúvida vai entrar para a história dos games. Você é fã de jogos de terror? Gosta de ouvir uivos de criaturas à sua espera? Adora jogar esse tipo de jogo sozinho de noite? É maior de idade? Então não perca tempo, será uma bela experiência no espaço.

Fracture

Posted in Games, X-Box 360 on 2009/11/24 by Renan Fernandes

Estamos no ano de 2161 e o planeta foi alterado ecologicamente por desastres naturais. Os Estados Unidos foi dividido por duas sociedades: a Atlantic Alliance que utiliza inteligência cibernética e a Republic of Pacifia que altera o DNA de seus cidadãos. Uma operação é iniciada pela Alliance para invadir Pacifia por não concordar com seus métodos. Você será Jet Brody, soldado da Alliance. Assim se desenvolve o enredo de Fracture, iniciando uma grande guerra no já crítico globo terrestre.
Ao começar o tutorial do game você irá notar algo muito interessante, suas armas e granadas alteram todo o terreno. É realmente muito divertido, para alcançar pontos altos do cenário basta dar um tiro no chão para a terra subir, o mesmo vale para túneis que estão afundados, com um simples tiro abre-se uma cratera. O sistema também é válido para o campo de batalha, você poderá se esconder atrás de um grande monte de terra, tirar os inimigos de esconderijos, enfim são grandes as possibilidades divertindo e muito no seu modo online.

Além de ser incrivelmente curto o modo campanha não apresenta nenhum grande desafio e o jogador perde a empolgação após umas 2 horas de jogo. Apesar do ótimo sistema de alterar o terreno, os puzzles são infinitamente simples de se resolver. Após passar por determinados desafios o protagonista ganha novas habilidades em seu traje especial, porém nenhuma delas chega a empolgar. A idéia do game é muito parecida com a de Dark Sector, mas diferente do survival horror, aqui parece que suas habilidades são as mesmas desde o começo. Outro ponto fraco são os chefes, todos são incrivelmente genéricos, ridículos e fáceis de serem vencidos, com destaque para o chefe final que não passa de uma versão melhorada de um dos primeiros inimigos do game.
Logo de cara o gráfico de Fracture empolga, mas isso passa após você ver o primeiro soldado inimigo. O protagonista é muito bem feito, as explosões são ótimas e o cenário tem tanto pontos fortes como fracos. Em certos momentos são ricos em detalhes, porém em outros deixam e muito a desejar. Mas a grande decepção são os soldados inimigos, muito feios e praticamente sem detalhe algum. O som é bom e a mixagem dos tiros, dublagem e efeitos da terra fazem sua parte. A jogabilidade é outro ponto com altos e baixos. O movimento do personagem é muito bom, mas o sistema de mira é ruim. Além de tudo isso, tanto os gráficos, som e jogabilidade apresentam pequenos bugs nada agradáveis.

“Fracture” não é uma experiência ruim, mas deixou muito a desejar. Quem jogou Gears of War, Dark Sector e Army of Two sem dúvida vai achar uma série de defeitos. Apesar de tudo a inovação de alterar o cenário é realmente ótima e o game diverte bastante nos campos de batalha. Resta torcer por uma boa continuação arrumando todos os defeitos do original. Isso se ela acontecer.

LEGO Batman

Posted in Games, X-Box 360 on 2009/11/24 by Renan Fernandes

Após Star Wars e Indiana Jones, dois grandes clássicos do cinema a produtora Traveller’s Tales lança o seu primeiro game da série LEGO baseado em uma história em quadrinhos. A idéia foi ótima e o serviço muito bem feito. LEGO Batman leva o jogador até Gothan City para enfrentar todos os super-vilões e também jogar com eles. A princípio no comando de Batman e Robin você vai enfrentar o bando de vilões do Charada e após finalizar o capítulo é possível jogar com o próprio. Uma ótima idéia da produtora que fará a alegria de todos os fãs.

Começando a primeira fase do game, estamos no controle de Batman. E apesar do protagonista e da atmosfera diferente, logo se percebe que a estrutura de LEGO Batman é a mesma de Star Wars e Indiana, o que pode decepcionar alguns.
A idéia de quebrar tudo pelo cenário, construir peças para ajudar você a passar por determinada situação, etc, tudo esta de volta. O mesmo acontece com os segredos, são muitas peças escondidas em cada fase, e com certeza você não vai conseguir habilitar todas na primeira vez em que jogar. Certos enigmas pedem que o protagonista utilize uma determinada roupa, com habilidade necessária para conseguir destruir o cenário, ou alcançar um nível mais elevado. Ou seja para conseguir terminar o game em 100%, você terá que pelo menos acessar cada fase duas vezes.

O grande destaque do jogo é sem dúvida jogar com os vilões do game. Primeiro você terá o controle dos mocinhos, e jogará o modo história em 3 partes, cada uma com 5 episódios, primeiro enfrente o Charada, depois o Pingüim e finalmente o Coringa, claro esses são os chefes finais de cada parte. Ao terminar cada capítulo você irá habilitar a chance de jogar com o vilão, e jogando com ele, abrirá outros vilões respectivamente. Uma idéia realmente brilhante e que aumenta o tempo de vida do game.
A mesma coisa acontece com os segredos, aos começar um game com os vilões, vários novos segredos podem ser habilitados.
Vale dizer também que, a base dos heróis é a Batcaverna, e a dos vilões o Asilo Arkham.

Temos um pequeno problema na inteligência artificial, jogando em modo single player o seu parceiro controlado por computador é muito falho e em diversos momentos você terá que assumir o comando dele para tirá-lo de determinada situação. O mesmo vale para um enigma que tem q ser resolvido em conjunto e pior algumas vezes enquanto você esta lutando contra uma série de capangas seu parceiro fica parado assistindo, da vontade de matá-lo hehe.
É possível jogar em modo multiplayer apenas no mesmo video-game, um grande erro da produtora. Um modo online seria muito agradável.
LEGO Batman não apresenta nenhuma inovação em relação ao seu lado visual, até porque como quase tudo é feito de lego não há muito o que fazer, o que o deixa muito parecido com os games da geração passada. Isso pode mudar um pouco caso sua TV tenha suporte para jogar em alta definição. O som é agradável, e os efeitos sonoros fazem bem sua parte, como não há dublagem tudo parece um pouco mais simples. A jogabilidade também não é ruim, os controles respondem muito bem, a única coisa que atrapalha é o fato do jogador não ter o controle da câmera, atrapalhando em diversos momentos.

LEGO Batman cumpre bem o seu papel em divertir o jogador. Todas os momentos cômicos que existiam nos antigos games da série LEGO estão presentes, assim como os puzzles e muita pancadaria. Mesmo com os defeitos, os fãs, tanto de LEGO como de Batman vão seguir até o final para habilitar todos os segredos (que envolvem desde personagens clássicos da série até naves) e finalizar o game em 100%. Que venham mais história em quadrinhos na forma de LEGO.

Dark Sector

Posted in Games, X-Box 360 on 2009/11/24 by Renan Fernandes

Prepare-se para colocar mais um Survival Horror na sua estante. Dark Sector chega para o Xbox 360 com muita ação e suspense. O protagonista é Hayden Tenno, um especialista em espionagem. Ao começar o primeiro capítulo fica difícil não se lembrar de Resident Evil 4, a forma com que Hayden segura sua pistola é idêntica a de Leon. Após acabar com alguns soldados e destruir um helicóptero, nosso protagonista é capturado por um ciborgue com poderes psíquicos. Os vilões o infectam com um vírus que transforma Hayden em uma verdadeira máquina de matar, com uma nova arma: a Glaive.

A partir do segundo capítulo Dark Sector nos mostra a que veio. O cenário muda completamente, deixando o clima mais sombrio, assim como os inimigos, que logo deixam de ser humanos para se tornarem zumbis infectados. A primeira vez em que se deparar com esses monstros a semelhança com Silent Hill vem a tona, muita escuridão, apenas uma lanterna para o nosso protagonista e um som horrível junto com o uivo dos zumbis. Quero que entendam que quando falo da semelhança com outros games de gênero Survival Horror, não é uma crítica e sim uma observação.
O grande destaque de Dark Sector fica por conta da arma que aparece a partir da infecção de Hayden. Em sua mão direita surge a Glaive, que na verdade não passa de um bumerangue, porém muito eficiente. Com ela você poderá cortar cabeças, pernas, braços, eletrocutar, congelar, por fogo ou partir o inimigo em dois. É através dessa arma também que você ganhará diversos poderes ao longo do game, como por exemplo criar um campo de força, ficar invisível e até mesmo acompanhar o vôo da Glaive até o pescoço do inimigo em câmera lenta. Em certas partes do jogo só é possível passar de uma determinada área com a ajuda da arma, além de ajudar você a pegar itens fora de alcance e aplicar belos golpes a curta distância. Basta chegar perto do inimigo quando ele estiver vermelho e apertar o botão B. Cada tipo de monstro/soldado tem uma morte diferente, teste todas, vale a pena.
Se você não consegue ficar sem meter bala nos inimigos não se assuste. A Glaive fica na mão direita do protagonista, deixando a mão esquerda livre para usar qualquer arma de fogo. Enfim uma ótima jogada da produtora que nos trouxe uma bela inovação.

Durante o jogo você encontrará dinheiro e maletas com upgrades, e é no mercado negro que você ira usá-los. Em certas áreas é possível ver uma tampa de bueiro brilhando, é aí que você comprará novas armas, como pistolas e metralhadoras. Mas o que será de grande utilidade mesmo serão os upgrades, com eles você poderá aumentar o poder de fogo de sua arma, acrescentar fogo em seus tiros, fazer a bala atravessar os inimigos, acertando dois ou mais de uma só vez, ou até mesmo aumentar a chance de matá-los com um único tiro certeiro.
O ponto fraco fica por parte de que você só pode carregar duas armas por vez, ou seja, as outras que já comprou ficam disponíveis no mercado, e podem ser mudadas por você quando for as compras novamente.
Os cenários de Dark Sector são simplesmente espetaculares, os efeitos de luz e sombra são dos mais belos já vistos no console da Microsoft. Hayden Tenno também foi muito bem desenhado, assim como os vilões e chefes do jogo. O som dispensa comentários, deixando o clima incrivelmente tenso nos momentos de escuridão, e muito agitado nos momentos de ação. Os uivos dos monstros e os gritos dos soldados ao serem cortados pela Glaive soam com perfeição. A jogabilidade está ótima com movimentos rápidos e troca de armas sem necessidade de abrir um menu. Porém fica meio estranho o movimento de correr, ao segurar o botão A o protagonista parte em velocidade para uma determinada direção, o problema é que ao querer ir para a esquerda ou para a direita, Hayden obedece de forma muito lenta, não virando o suficiente que muitas vezes precisamos.

Logo no primeiro tiroteio você vai perceber a grande semelhança com as guerras de Gears of War. Isso se deve ao fato de Dark Sector usar a engine do já clássico game de tiro do Xbox 360. Em todo cenário existem pilares, caixas entre outros objetos em que Hayden poderá ficar abrigado enquanto mete bala nos inimigos.
Outra semelhança é justamente na hora de correr. Como foi falado acima ao segurar o botão A, Hayden parte em velocidade. É exatamente o mesmo movimento de Marcus Fenix em Gears of War, inclusive a mudança de câmera.
O grande ponto fraco do jogo fica com conta do replay. Ao acabar o game surge o modo brutal como extra o que é legal, porém de nada adianta comprar todas as armas e fazer todos os upgrades necessários. Ao começar um novo game seu personagem volta a estaca zero, todas as habilidades da Glaive também são perdidas, o que é uma verdadeira decepção.
O mesmo vale para o modo online, nada de habilidades avançadas ou armas mais poderosas.

A capacidade de Dark Sector impressionar é incrível. Logo no começo do jogo você perceberá isso, algo nele o faz diferente dos outros shooters. Gráficos incríveis e som espetacular (jogue em um volume bem alto), para quem gostou de Gears of War e Resident Evil 4, a diversão é garantida. Tudo que um bom Survival Horror deve ter está aí, clima tenso, muita escuridão, monstros e dessa vez além de tiros, desmembramentos para todo lado. Sem dúvida uma bela novidade que acaba de surgir na nova geração.

Naruto: The Broken Bond

Posted in Games, X-Box 360 on 2009/11/23 by Renan Fernandes

Pouco depois de Naruto: Ultimate Ninja Storm sair com exclusividade para o PlayStation 3, The Broken Bond é lançado com exclusividade para o X-Box 360. Não bastasse a briga entre os consoles da Sony e da Microsoft surge uma nova. A CyberConnect 2 (Ultimate Ninja Storm) mostrou como fazer um ótimo sistema de batalha com controles ágeis e fáceis, com isso temos belos combos mostrados na tela, divertindo muito o jogador. Já a Ubisoft (The Broken Bond) tem um sistema de batalha mais moderado, porém com ótimas aplicações de Jutsus, com destaque para o Rasengan de Naruto e o Chidori de Sasuke (mais informações abaixo). O modo história de ambos agrada bastante, com belas criações da Vila de Konoha e outros ambientes do anime. Com tudo isso só quem ganha são os jogadores, pois a cada game lançado as produtoras vão procurar se superar. Agora vamos ao novo jogo do X-Box 360.

O grande destaque de The Broken Bond sem dúvida é o Story Mode. O jogo continua de onde Rise of a Ninja parou, na destruição da Vila Oculta da Folha. De quebra você começa enfrentando Orochimaru no controle do Terceiro Hokage, onde já é possível perceber uma leve melhora no sistema de combate, com Jutsus sendo aplicados de maneira simples e eficaz. A história segue até o fim da primeira fase do anime, onde Naruto e Sasuke se enfrentam, ou seja, os fãs já podem esperar por Naruto Shippuuden no próximo game. Tudo é bem contado com belas animações e algumas inovações. Agora o jogador poderá controlar outros Ninjas da Folha além do Naruto. Cada ninja possui habilidades específicas, sendo necessárias para determinadas missões, como por exemplo, o Byakugan de Neji, com o qual é possível ver coisas escondidas pelo cenário. A única coisa que alguns jogadores poderão achar cansativo no Story Mode são as missões determinadas obrigatórias, mas que não seguem o anime. Sim são exatamente aquelas mesmas missões que existiam no Rise of a Ninja durante o modo história. Ao pensar bem a Ubisoft deveria sim criar tais missões, pois sem elas o jogo acabaria rápido demais. Os mercados continuam lá também, para comprar armas, Scrolls de ataque e defesa, ramens e outros itens para deixar seus personagens mais poderosos.

As missões adicionais continuam lá e servem para dar uma bela subida de pontos no gamerscore do jogador. Dessa vez as challenges estão bem mais fáceis de serem concluidas se comparadas com as do game anterior. A diferença por aqui é que nem todas são feitas no controle de Naruto. Abaixo todas as missões adicionais.

Race: Segue o mesmo estilo de Rise of a Ninja, é preciso percorrer um percurso antes que o tempo acabe. O personagem aqui é Kiba.

Collecting: No controle de Choji o jogador terá que encontrar caixas com salgadinhos pelo cenário.

Bounty Hunting: No controle de Naruto será preciso encontrar bandidos por todo mundo do game.

Hide and Seek: Basicamente igual ao do jogo anterior, só que no controle de Neji. É preciso usar o Byakugan para encontrar o ponto específico no mapa antes que o tempo acabe.

Delivery: Com Shikamaru, o jogador deverá entregar cartas aos moradores da Vila Oculta da Folha antes que o tempo se esgote.

Fishing: Por todo o mundo do jogo são encontrados pontos de pesca. É preciso pescar o maior e melhor número de peixes para conseguir completar a challenge. Por sinal a missão mais chata dentre todas as challenges.

Tree Action Sequence: Exatamente aquelas corridas nas árvores que você está imaginando. Agora elas estão muito mais divertidas, já que ocorrem em primeira pessoa. Na challenge o jogador deverá passar pelas árvores antes que o tempo acabe.

Ninja Cards: São cards escondidos por todo o mundo do jogo. Ao encontrá-los o jogador irá enfrentar um adversário no qual corresponde seu card. Após vencer a batalha o card é seu. Eles liberam determinados Scrolls de ataque e defesa que podem ser comprados no mercado.

Lovelorn Villagers: Aqueles mesmo personagens do jogo anterior. Ao achá-los Naruto deve fazer o Sexy Jutsu para deixá-los “contentes”. 

Além de todas as challenges existem também os Tanzaku Minigames que darão ao jogador uma bela diversão. São sete diferentes tipos de jogos que treinam sua mente e velocidade de raciocínio. O sistema de experiência dos personagens foi bem criado. Ao concluir as missões do modo história e as challenges, o jogador vai ganhando pontos de experiência que podem ser usados apenas no Naruto. Você irá escolher entre aumentar HP, Chakra, Força e Jutsu de acordo com a necessidade durante o jogo. Com os outros personagens o level é aumentado no Dojo, nele o jogador usa combos e jutsus determinados pelo computador. Treine bastante, pois será necessário um bom nível para enfrentar os inimigos mais poderosos do modo história. Outra novidade bem interessante e que foi de grande melhora em relação à Rise of a Ninja é a habilidade de andar nas paredes e sobre a água. Agora não é mais necessário ficar fazendo Jutsus para ambas as coisas, basta seguir para a água ou pular direto na parede e apertar repetidas vezes o botão X para seguir em frente. Escolha excelente da Ubisoft deixando o game mais prático e mais divertido principalmente nas corridas das challenges.

O sistema de batalha segue o mesmo estilo de Rise of a Ninja, porém a sensação de aplicar os Jutsus foi levemente melhorada. Realmente não da pra comparar com as batalhas dos games feitos para PlayStation 2 e o atual Ultimate Ninja Storm lançado para PlayStation 3. As lutas de The Broken Bond foram feitas para jogadores um pouco mais experientes em games de luta, os combos exigem inteligência e rapidez ao apertar os comandos certos na hora certa, coisa muito diferente dos games da CyberConnect 2, com combos fáceis e rápidos. Porém os Jutsus são aplicados de maneira fácil e diferenciada, como por exemplo o Chidori de Sasuke e Kakashi. Após o Jutsu ser preparado o jogador deve concentrar o golpe no centro do peito do oponente, não deixando a mão escapar. É meio complicado no começo, mas com prática fica fácil e extremamente divertido. Destaque também para Jutsus como o Sharingan de Sasuke, Kakashi e Itachi que fazem o oponente errar seus golpes, nos deixando invencíveis por determinado tempo. Além dessas novidades temos também a chance de lutar com até três lutadores, sendo possível trocá-los durante a batalha, o que devemos admitir, ficou ótimo.

Os gráficos continuam lindos, muito próximos do anime. Todas as animações são belas e os cenários ricos em detalhes, cachoeiras, montanhas, árvores, todos muito bonitos, o mesmo vale para o visual dos personagens tanto principais como secundários, é incrível como foram bem desenhados. O som mais uma vez não decepciona, contando agora com o áudio em japonês que em Rise of a Ninja só era possível se fosse baixado pela Live. As músicas são todas vindas diretas do anime, o que deixa os fãs com água na boca. A jogabilidade foi bem melhorada, principalmente ao subir nas paredes e andar sobre a água, mas continua apresentando leves problemas de câmera, que podem deixar o jogador irritado principalmente nas corridas da challenge.

“Naruto: The Broken Bond” é um dos melhores lançamentos desse recheado final de ano. Os fãs do anime com certeza vão ter mais de 30 horas de diversão só no modo história. O modo online funciona bem, e sem problema algum pelo menos em nossos testes. As lutas ainda não chegam aos pés dos games da CyberConnect 2 mas ficaram bem mais divertidas com os jutsus e a troca de personagem em meio a batalha. Prepare-se para mais uma aventura do ninja mais famoso do mundo no seu X-Box 360, e também para enfrentar Itachi e seu Mangekyou Sharingan.